segunda-feira, 13 de junho de 2011

EEFM JÚLIA CATUNDA REALIZA O I ENCONTRO DAS ÁREAS DO CONHECIMENTO ATRAVÉS DOS GÊNEROS TEXTUAIS

No último dia 10 de junho, a EEFM Júlia Catunda, localizada no município de Santa Quitéria-CE, realizou o I ENCONTRO DAS ÁREAS DO CONHECIMENTO ATRAVÉS DOS GÊNEROS TEXTUAIS. Foram apresentados projetos de diversas temáticas: O texto Publicitário; Lendo e compreendendo os Gêneros textuais do suporte jornal; A bíblia e os gêneros textuais; além de recontar a história dos 67 anos da escola.






terça-feira, 7 de junho de 2011

MAIS UM EX-ALUNO ILUSTRE DO JÚLIA CATUNDA

JÚLIA CATUNDA:REMINISCÊNCIAS

Por ROBERTO MAGALHÃES FARIAS
Advogado
Fortaleza-Ceará

Era uma vez uma Escola que ficava no quintal da minha casa. Num tempo em que os alunos ainda se levantavam quando a professora, ou um visitante, entrava em sala. Dona Margarida Linhares, a Badinha; Dona Vera Lobo; Dona Conceição Paiva, a dona Pretinha; Dona Marli Mendonça, Dona Amélia e Dona Lourdes Mourão, estas foram as minhas mestras, do primeiro ao quinto anos do primeiro grau, hoje ensino fundamental.
         Na direção, não poderia esquecer a presença sempre imponente de dona Albetiza Lobo, e do nosso querido Dr. Paulo Furtado (marido de dona Betiza), que sempre cuidava de aparecer em sala quando um professor se atrasava, para refrear os ânimos da meninada mais rebelde. À tarde, a nossa querida tia Lourdes Benevides, a vice-diretora.
    Num tempo em que praticamente não havia televisão, as lindas histórias narradas pela professora Terezinha Parente embalaram os meus sonhos de criança. E se a história era muito longa, aguardava ansioso a parte final, que seria concluída na semana seguinte.
    Num tempo em que não havia lanche, nem livros, nem quadra de esporte, mas mesmo assim a “hora do recreio” era esperada com ansiedade. Bastava-nos o terreno estreito na lateral esquerda da escola e uma bola de plástico levada por um ou outro aluno. Eu era craque, podem acreditar. Foi daí que me deram o apelido de Roberto Batata, alusão a um grande atacante do Santos, no começo dos anos 70.
    A escassez dos recursos didáticos, contudo, não foi obstáculo para a conquista de sonhos maiores: o curso de graduação em Direito e depois pós-graduação e mestrado na Universidade Federal do Ceará. Empós, dediquei-me também por alguns anos ao magistério superior, numa faculdade de direito aqui em Fortaleza. Todavia, ainda acalento outros sonhos, como fazer um doutorado em Paris, visitar o Velho Continente, esquiar na neve (imaginem um matuto como eu pensando em esquiar: hehehe).
    Aos meus filhos, um já advogado e outro cursando Engenharia Civil na UFC, eu sempre lhes conto as agruras da vida e os fortes obstáculos que a miséria social nos obriga a superar. Afinal, foi para isso que Deus nos deu inteligência e sabedoria: transformar o mundo, e fazer da nossa vida uma busca incessante da ascensão social, intelectual e moral.
    No  Brasil, o grande impulso para essa transformação veio com a promulgação da Constituição Federal de 1988. Nela estão insculpidos todos os ideais do povo brasileiro. Cabe a nós, que somos efetivamente “o povo”, zelar para a realização, no mundo dos fatos, dos objetivos fundamentais consagrados no seu art. 3º: a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, a garantia do desenvolvimento nacional, a erradicação da pobreza e da marginalização e a redução das desigualdades sociais, a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
    A mudança social se dá por uma educação crítica e libertadora, a única capaz de formar cidadãos honestos e conscientes, que começa em nossa casa e deve multiplicar-se nas escolas. A educação é o principal instrumento que nos capacita a transformar e participar ativamente do mundo da vida. Os jovens não podem desperdiçar os ensinamentos de seus mestres. É missão de todos – crianças, adolescentes e adultos – empenhar-se na consecução dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, os quais sintetizam, desde a Revolução Francesa de 1789, os ideais supremo de toda a humanidade.
    Para alcançá-los, cabe a nós, enquanto elementos constituintes do “povo”, cuidar para que o Estado brasileiro (vale dizer, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário), cujo principal fundamento reside na dignidade da pessoa humana, direcione todas as suas atividades para a realização e concretização prática, no mundo da vida, dos direitos fundamentais e sociais enunciados nos arts. 5º e 6º (direitos individuais, direito ao trabalho, à educação, à previdência social etc), dentre outros, da Carta Magna de 1988.
    Saúdo e parabenizo a minha escola, nas pessoas de minhas antigas mestras, sabedor que hoje perpetuam essa bem-aventurada missão algumas de minhas ex-colegas, dentre elas minha irmã, a professora Rossana, a pedido de quem torno públicos os meus agradecimentos, e agradeço a oportunidade de remexer antigas lembranças da infância, já quase empoeiradas nas profundezas da memória.

EX-ALUNO ILUSTRE DO JÚLIA CATUNDA

O Júlia Catunda foi a Escola mais importante da minha vida de estudante, pois foi nela que comecei a imaginar planos para uma vida profissional futura . Quando nela ingressei, em 1976, tudo era muito importante para mim, pois Eu vinha de uma escola da zona rural, lá de São José dos Mocós, onde as aulas eram em casas de famílias. E o Júlia Catunda uma escola enorme, com muitas salas, muitos professores, muitos alunos, coisa que eu não era muito acostumado. Eu achava bonito... e era mesmo. Como era importante para mim. Que novidade, aquela escola cheia de professores e que os alunos atendiam e respeitavam. Que turma boa, aquela. Todos eram amigos. Todos se ajudavam.

Faz-me lembrar minha primeira professora da escola, a Dona Márcia Paiva, do Programa Educação Integrada, programa que existia para alunos fora da faixa etária escolar. Quando ingressei já foi no 2º semestre e entrei como ouvinte, mas fui aprovado para cursar a 5ª série, isso me encheu de alegria. O bom tempo de Júlia Catunda se complementa com uma série de professores que foram importante para mim, como o professor José Sales, Mariana Aragão, Wilsa Parente, Maggy, Magnólia(Nonó), Noélia Cavalcante. Dona Betiza Lôbo, nossa diretora e outros.

Eufrásio Aragão Magalhães

Escola de Ensino Fundamental e Médio Júlia Catunda completa 67 anos de vida

Neste dia 26 de Maio, em meio aos festejos da nossa padroeira, a Escola de Ensino Fundamental e Médio Júlia Catunda completa 67 anos de vida. Nós fazemos parte dessa instituição de ensino que é um exemplo para o município, queremos parabenizar todos que fizeram e fazem parte da nossa história; hoje, temos o maior exemplo de vitalidade, numa construção heterogênea, onde o passado é todo presente, e o presente é todo o futuro, como já bem anunciava Fernando Pessoa; são ex-alunos que lecionam os filhos de ex-professores, e professores que são colegas de trabalho de seus ex-alunos, “uma Paulicéia desvairada”, diria Oswald de Andrade, discordemos em parte do poeta, pois o Júlia Catunda é um lugar de encontro e reencontro; quantos aqui passaram e deixaram saudade, outros voltaram, alguns nem foram; afinal, somos a pioneira no município, estamos no coração da cidade, pois é no coração que estão guardados as melhores lembranças, e “deixem que diga, que pense, que fale”, lembremos Caetano Veloso, quando o que importa é estarmos cada dia mais renovado e pronto para os desafios; educação de qualidade, trabalho reconhecido na cidade, na região e no estado. Nos últimos anos a escola tem se destacado em feiras regionais e estaduais; em 2010, tornou-se a primeira escola da região a ser classificada para uma feira de ciência e cultura de nível norte-nordeste (EXCETEC- 2011). São conquistas concretas, como essa que faz com que nós nos sintamos alegres e motivados para continuar “sempre em frente”, diria o compositor e poeta Renato Russo.













Nossos sinceros agradecimentos aos funcionários, professores e toda comunidade escolar, que nos encorajaram sempre a seguir em frente, e contribuíram de forma participativa ao alcance de nossos objetivos almejados em prol de uma educação de qualidade.


Venha, junte-se a nós no dia 10 de Junho, a partir das 19 horas, num grande encontro na CDL de Santa Quitéria, é hora de revermos antigos amigos, professores, funcionários, diretores, ao som das Bandas Arma Sophia e Swing Mania.