quinta-feira, 18 de março de 2010

INFORMATIVO DA SALA DE MULTIMEIOS




Livros Adotados pela UVA
para o vestibular 2010.1

  • O Mulato-Aluísio Azevedo
  • O Cortiço-Aluísio Azevedo
  • O Missionário-Inglês de Sousa
  • O Sertanejo-José de Alencar
  • A Moreninha-Joaquim Manuel De Macedo


RESENHAS

O Mulato

Saindo criança de São Luís para Lisboa, Raimundo viajava órfão de pai, um ex-comerciante português, e afastado da mãe, Domingas, uma ex-escrava do pai.
Depois de anos na Europa, Raimundo volta formado para o Brasil. Passa um ano no Rio e decide regressar a São Luís para rever seu tutor e tio, Manuel Pescada.
Bem recebido pela família do tio, Raimundo desperta logo as atenções de sua prima Ana Rosa que, em dado momento, lhe declara seu amor.
Essa paixão correspondida encontra, todavia, três obstáculos: o do pai, que queria a filha casada com um dos caixeiros da loja; o da avó Maria Bárbara, mulher racista e de maus bofes; o do Cônego Diogo, comensal da casa e adversário natural de Raimundo.
Todos três conheciam as origens negroides de Raimundo. E o Cônego Diogo era o mais empenhado em impedir a ligação, uma vez que fora responsável pela morte do pai do jovem.
Foi assim: depois que Raimundo nasceu, seu pai, José Pedro da Silva, casou-se com Quitéria Inocência de Freitas Santiago, mulher branca. Suspeitando da atenção particular que José Pedro dedicava ao pequeno Raimundo e à escrava Domingas, Quitéria ordena que açoitem a negra e lhe queimem as partes genitais.

             Desesperado, José Pedro carrega o filho e leva-o para a casa do irmão, em São Luís. De volta à fazenda, imaginando Quitéria ainda refugiada na casa da mãe, José Pedro ouve vozes em seu quarto. Invadindo-o, o fazendeiro surpreende Quitéria e o então Padre Diogo em pleno adultério.

            Desonrado, o pai de Raimundo mata Quitéria, tendo Diogo como testemunha. Graças à culpa do adultério e à culpa do homicídio, forma-se um pacto de cumplicidade entre ambos. Diante de mais essa desgraça, José Pedro abandona a fazenda, retira-se para a casa do irmão e adoece.

           Algum tempo depois, já restabelecido, José Pedro resolve voltar à fazenda, mas, no meio do caminho, é tocaiado e morto. Por outro lado, devagarzinho, o Padre Diogo começara a insinuar-se também na casa de Manuel Pescada.
Raimundo ignorava tudo isso.



O Cortiço

Cortiço é um livro de Aluízio Azevedo, escrito durante a época do Naturalismo, período literário que caminhava paralelamente ao Realismo e mostrava o homem como um animal, revelando seus extintos e a precariedade da sociedade da época. Essa obra é extremamente descritiva e desperta diferentes reações no leitor.

           Narrado em terceira pessoa, o Cortiço conta a história de um aglomerado de casas onde vivem
pessoas de diferentes perfis. Essa convivência é o foco do romance, que faz uma análise cientifica das personagens e enfoca principalmente os seus defeitos. O enredo conta a respeito de João Romão, um português dono do cortiço que faz de tudo para ficar rico. Em contrapartida temos a presença de Miranda, um comerciante que deseja acabar com João.

          Outras histórias giram em torno do enredo e o leitor tem a
oportunidade de conhecer personagens como Rita Baiana, Jerônimo e Firmo. A obra foi publicada em 1890 e faz um relato histórico perfeito da classe baixa dessa época.

O Missionário

O Missionário , obra que goza de melhor conceito junto à crítica, nasceu do desenvolvimento do conto O Sofisma do Vigário. É um romance de tese, propondo o conflito entre a vocação sacerdotal e o instinto sexual, instigado pelo relaxamento dos costumes e pelo sensualismo da mameluca Clarinha, que acabam por vencer a frágil resistência do Pe. Antônio de Morais.

O Sertanejo

O Sertanejo, romance da fase regionalista (ou sertanista) de José de Alencar, publicado em 1875, põe em cena o interior nordestino do século XVIII, onde se desenrola a trajetória repleta de heroísmo de Arnaldo, vaqueiro cearense, homem do campo, simples, mas bravo lutador que tudo enfrenta por amor e por seus ideais. Os dias e os trabalhos do vaqueiro traçam um painel do Nordeste do Brasil.
           A obra apresenta uma prosa com personagens característicos do sertão.        Onde o personagem-narrador é Severino, que ao longo do texto tenta se definir, mas com tudo o que fala não consegue, por isso Severino passa a ser como uma figura genérica, ou seja, passa a ser a característica do povo sofrido pelas dificuldades como a fome,sede e miséria.
          É um dos romances bem brasileiro, em que Alencar dá expansão ao seu gênero de pincelador retratando com belas e radiantes cores a paisagem do sertão. Traça todo um complexo de características geográficas e culturais, registrando o típico de nossa sociedade rural, desde o comportamento individual e as relações domésticas, até o registro do folclore.
         O Sertanejo (último romance que José de Alencar publicou em vida) é uma espécie de síntese de suas características literárias. Seu personagem central é Arnaldo Loureiro, destemido vaqueiro a serviço capitão-mor, Arnaldo Campelo, que enfrenta os mais sérios riscos na esperança de conquistar a simpatia da filha do fazendeiro.


A Moreninha

A história conta sobre Augusto, rapaz que aposta com amigos ( incluso Felipe ) que não ficaria apaixonado por mais de 15 dias por mulher alguma, sua pena ( em caso de perda) será a de escrever um romance para estes amigos.

              O romance A moreninha é o fruto desta aposta (há aqui um exercício de metalinguagem)

              Augusto é estudante e colega de Felipe, cuja irmã é Carolina.

              Augusto quando criança jurou amar eternamente uma menina cujo nome ignora e fica inconstante em seus amores, até que conhece Carolina, pela qual se apaixona e persegue.

             Quando no final ficam noivos, ela primeiro manda-o casar-se com sua amada de infância e depois revela ela ser esta amada.

            O livro é um exemplo clássico do Romantismo, tendo sido seu primeiro exemplo brasileiro.

           Ele gira em torno de sua heroína perfeita e seu herói que luta para ter o amor desta e os obstáculos para sua realização, no caso a promessa infantil.

          Também são bem representados os costumes do Rio de Janeiro da década de 1840 e a classe dos estudantes, da qual Macedo fazia parte na época da escrita do livro.

         A obra de Macedo apresenta todo o esquema e desenvolvimento dos romances românticos iniciais: descrição dos costumes da sociedade carioca, suas festas e tradições, estilo fluente e leve, linguagem simples, que beira o desleixo, tramas fáceis, pequenas intrigas de amor e mistério, final feliz, com a vitória do amor.

       Com esta receita, Macedo consegue ser o autor mais lido do Brasil em seu tempo.

       Macedo foi, por excelência, o escritor da classe média carioca, em oposiçào à aristocracia rural.

      Sua pena tinha o gosto burguês; seus romances eram povoados de jovens estudantes idealizados, moçoilas casadoiras, ingênuas e puras e demais tipos que perambulavam pela agitada cidade do Rio de Janeiro.

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